Crônicas
e contos)
1) A narrativa apresenta uma sequência de fatos,
que acontecem em determinado tempo e em
determinados ambientes, com personagens
diferentes, isto é, com caracterÃsticas e funções
próprias. Observe
o quadro ao lado.
2) Neste segundo bimestre estudamos o gênero
JornalÃstico e outros tipos de textos. Leia a crônica
“A bola” e complete o quadro abaixo:
A bola
Luis Fernando Verissimo
O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que
sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. Uma número 5 sem tento oficial
de couro. Agora não era mais de couro, era de plástico. Mas era uma bola.
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os
garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o
velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.
— Como e que liga? —
perguntou.
— Como, como é que liga? Não se liga. O garoto procurou dentro do papel de embrulho. — Não tem manual de instrução? O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros. — Não precisa manual de instrução. — O que é que ela faz? — Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela. — O quê? — Controla, chuta… — Ah, então é uma bola. — Claro que é uma bola. — Uma bola, bola. Uma bola mesmo. — Você pensou que fosse o quê? — Nada, não.
O garoto agradeceu, disse “Legal” de novo, e dali a pouco o pai o
encontrou na frente da tevê, com a bola nova do lado, manejando os controles
de um videogame. Algo chamado Monster Baú, em que times de monstrinhos disputavam
a posse de uma bola em forma de bip eletrônico na tela ao mesmo tempo que
tentavam se destruir mutuamente.
O garoto era bom no jogo. Tinha coordenação e raciocÃnio rápido.
Estava ganhando da máquina.
O pai pegou a bola nova e ensaiou algumas embaixadas. Conseguiu
equilibrar a bola no peito do pé, como antigamente, e chamou o garoto.
— Filho, olha.
O garoto disse “Legal”, mas não desviou os olhos da tela. O pai
segurou a bola com as mãos e a cheirou, tentando recapturar mentalmente o
cheiro de couro. A bola cheirava a nada. Talvez um manual de instrução fosse
uma boa ideia, pensou. Mas em inglês, para a garotada se interessar.
(Luis Fernando Verissimo -Comédias para ler na escola. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2001)
3)
Complete o quadro com as informações do texto “A bola”
Proposta de produção de texto
Após a leitura e estudo sobre contos, escolha
quem será o herói e quem fará o papel de vilão. A história deve ocorrer atualmente.
Por isso, trabalhe com personagens “modernos”, como por exemplo, uma garota
inventora, um garoto que adora ler, um homem velho e sábio... ou um herói (ou
heroÃna) à s avessas, isto é, distraÃdo e atrapalhado ou medroso ou brincalhão
etc. Para ser vilão ou vilã, crie um bruxo superpoderoso, capaz de se
transformar em bichos e em objetos, ou uma feiticeira moderna, que substitui
a vassoura por uma asa-delta.
Comece o conto apresentando o herói (ou heroÃna)
em uma situação de tranquilidade e, a seguir, sofrendo uma perda ou falta ou
sendo vÃtima do vilão (ou vilã). Se quiser, dê ao herói a possibilidade de
usar uma máquina poderosa, faça-o passar por provas difÃceis ou estabeleça
para ele uma missão que só possa a ser cumprida com o auxÃlio de um herói de
histórias em quadrinhos, como, por exemplo, Batman, Homem-Aranha, Super-Homem
etc. O final pode ser feliz ou dependendo de como quer conduzir a história.
Empregue a variedade padrão e dê um tÃtulo sugestivo ao conto.
Faça um rascunho e só passe seu conto a limpo e
depois de fazer uma revisão cuidadosa, lembrando da sequência de fatos (situação
inicial, complicação ou conflito gerador, clÃmax e desfecho)
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terça-feira, 14 de julho de 2020
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