TEXTO: PROBABILIDADES REFERENTE A SA 07 DA APOSTILA
Probabilidade é
um ramo da Matemática em que as chances de ocorrência de experimentos são
calculadas. É por meio de uma probabilidade,
por exemplo, que podemos saber desde a chance de obter cara ou coroa no
lançamento de uma moeda até a chance de erro em pesquisas.
Para
compreender esse ramo, é extremamente importante conhecer suas definições mais
básicas, como a fórmula para o cálculo
de probabilidades em espaços amostrais
equiprováveis, probabilidade
da união de dois eventos, probabilidade
do evento complementar etc.
Experimento
aleatório
É qualquer experiência cujo
resultado não seja conhecido. Por exemplo: ao jogar uma moeda e observar a face
superior, é impossível saber qual das faces da moeda ficará voltada para cima,
exceto no caso em que a moeda seja viciada (modificada para ter um resultado
mais frequentemente).
Suponha que uma sacola de supermercado contenha
maçãs verdes e vermelhas. Retirar uma maçã de dentro da sacola sem olhar também
é um experimento aleatório.
Ponto amostral
Um ponto amostral é
qualquer resultado possível em um experimento aleatório.
Por exemplo: no lançamento de um dado, o resultado (o número que aparece na
face superior) pode ser 1, 2, 3, 4, 5 ou 6. Então, cada um desses números é um
ponto amostral desse experimento.
Espaço
amostral
O espaço amostral é o conjunto formado
por todos os pontos amostrais de um experimento
aleatório, ou seja, por todos os seus resultados possíveis. Dessa maneira,
o resultado de um experimento aleatório, mesmo que não seja previsível, sempre
pode ser encontrado dentro do espaço amostral referente a ele.
Como os espaços amostrais são
conjuntos de resultados possíveis, utilizamos as representações de conjuntos
para esses espaços. Por exemplo: O espaço amostral referente ao experimento “lançamento
de um dado” é o conjunto Ω (letra grega Ômega), tal que: Ω = {1, 2, 3, 4, 5,
6}
Esse conjunto também pode ser
representado pelo diagrama de Venn ou,
dependendo do experimento, por alguma lei de formação.
O número de elementos dos
espaços amostrais é representado por n(Ω). No caso do exemplo anterior (dados),
n(Ω) = 6. *Lembre-se de que os elementos de um espaço amostral são pontos amostrais,
ou seja, resultados possíveis de um experimento aleatório.
Evento
Os eventos são subconjuntos de um espaço amostral.
Um evento pode conter desde zero a todos os resultados
possíveis de um experimento aleatório, ou seja, o evento pode ser um conjunto
vazio ou o próprio espaço amostral. No primeiro caso, ele é chamado de evento
impossível. No segundo, é chamado de evento certo.
Ainda no experimento aleatório do
lançamento de um dado, observe os seguintes eventos:
A = Obter
um número par: A = {2, 4, 6} e n(A) = 3
B = Sair
um número primo: B = {2, 3, 5} e n(B) = 3
C = Sair
um número maior ou igual a 5: C = {5, 6} e n(C)= 2
D = Sair
um número natural: D = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e n(D) = 6
Espaços equiprováveis
Um espaço amostral é chamado equiprovável quando todos os pontos amostrais dentro
dele têm a mesma chance de ocorrer. É o caso de lançamentos de dados ou de
moedas não viciados, escolha de bolas numeradas de tamanho e peso idênticos
etc.
Um exemplo de espaço amostral que pode
ser considerado não
equiprovável é o formado pelo seguinte experimento: escolher
entre tomar sorvete ou fazer caminhada.
Cálculo de probabilidades
As probabilidades são
calculadas dividindo-se o número de resultados favoráveis pelo número de
resultados possíveis, ou seja:
P = n(E)
n(Ω)
Nesse caso, E é um evento que se quer conhecer a probabilidade, e Ω
é o espaço amostral que o
contém.
Por
exemplo, no lançamento de um dado, qual a probabilidade de sair o número um?
Nesse
exemplo, sair o número um é o evento E. Assim, n(E) = 1. O espaço amostral
desse experimento contém seis elementos: 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Logo, n(Ω) = 6.
Desse modo:
P = n(E)
n(Ω)
P = 1
6
P =
0,1666…
P =
16,6%
Outro exemplo: qual a probabilidade de
obtermos um número par no lançamento de um dado?
Os números
pares possíveis em um dado são 2, 4 e 6. Logo, n(E) = 3.
P = n(E)
n(Ω)
P = 3
6
P =
0,5
P =
50%
Observe que as probabilidades sempre
resultarão em um número dentro do intervalo 0 ≤ x ≤ 1. Isso acontece porque E é
um subconjunto de Ω. Dessa maneira, E pode conter desde zero até, no máximo, o
mesmo número de elementos que Ω.
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